Baseado na história real de um garoto que doou sua poupança de singelos 24 mil dólares para a caridade, deixou sua caranga velha apodrecendo em um deserto e saiu pelos EUA em busca do contato mais puro com a natureza e com seres realmente humanos, o longa tem lá seus momentos clichês, cenas desnecessariamente explicativas (em que nem a trilha salva), mas nada que atrapalhe as lágrimas do espectador.
O filme acerta em cheio o público jovem e, ao mesmo tempo, cativa a galera mais velha (não vou citar trechos pra não estragar a graça), especialmente pelas histórias dos personagens que Chris, o andarilho, encontra pelo caminho. É um típico road moavie, mas pega na ferida até mesmo de quem nunca quis uma Harley-Davidson pra ser feliz. Porque fala, simplesmente, da busca pela felicidade. Confesso que saí do cinema com os olhos esbugalhados de tanto chorar. E, pra quem acha que mulher não vale (ok, eu sei, a gente chora bastante), vi muito marmanjo enxugando uma lágrima discretamente.
E as músicas, que já habitavam meus fones de ouvido há alguns meses, são simplesmente perfeitas. Destaque básico para “Big Hard Sun” e “Society” (“I hope you´re not lonely without me”, canta Eddie), que tem até uma homenagem descarada a Bob Dylan e seu “Dust in the Wind”.
Ah… fiquei com vontade de assistir…